quinta-feira, 3 de setembro de 2009

“Guinada 360º”

degrees-360

Estou me sentindo exatamente como o título desse post: depois de tanto girar, continuo no mesmo lugar.

A análise vai bem. Pelo menos, já consegui diminuir meus instintos assassinos no trânsito, o que contribuiu para melhorar muito meu humor, em geral. Mas ainda não consegui progresso nos meus bloqueios de carreira, na minha inércia, e num bocado de conflitos e sintomas que estão por aí. Sim, eu sou ansiosa, embora saiba que esse tipo de coisa não se resolve de um dia para o outro.

Falando em carreira, fiz o concurso de Procurador do BACEN. Estudei? Claro que não. Por consequência óbvia, tomei uma ferrada sem tamanho. Menos de 50% da prova (tava difícil, mas pô… Nem 50?!).

Fui muito mal-acostumada, porque me saí bem durante toda a vida acadêmica praticamente sem esforço. Ia às aulas, e até fazia exercícios que o professor mandava, mas estudava só na véspera da prova, e ainda ficava entre os melhores alunos. Foi assim no colégio todo, foi assim que passei no vestibular, foi assim na faculdade, foi assim no Exame da Ordem. Mas aí empaquei, porque concurso, hoje em dia, não é uma disputinha qualquer. Não dá pra levar “no sapatinho” (#gíriadécadade90).

No fundo, ainda fico achando que vou conseguir passar só com meus belos olhos, sem ralar como todo o resto das pessoas. Como se eu fosse assim muito especial, ungida, uma mente privilegiada e inigualável. Só que, por razões óbvias, não tá dando certo.

Estou com 2 anos e meio de formada – colei grau, oficialmente, em fevereiro de 2007 – e continuo presa num emprego de meio período que paga proporcionalmente a isso, sem conseguir sobreviver da minha profissão, sem coragem para largar e ir fazer outra coisa (embora vá dar um seminário de adestramento em novembro), morando na casa de mamãe e longe dos cachorros, sem poder nem ir ao cinema por falta de grana.

Girei 360º. Agora preciso, pelo menos, conseguir andar para frente em linha reta.