segunda-feira, 7 de abril de 2008

Chuva

Hoje choveu. Aliás, tem chovido, o que sempre me fez feliz. Chuva me lembra bons momentos, alguns dos melhores da minha vida.

Chuva me lembra os meus 14, 15 anos. Eu ia pra academia a pé, e ficava torcendo pra chover na hora de sair. Quando eu dava sorte, ia andando na chuva os 2 ou 3km até a minha casa, e a sensação da chuva sobre o meu corpo ainda aquecido do exercício era um troço sensacional.

(Antes que perguntem: não, nunca peguei uma gripe nessas aventuras!)

Chuva me lembra o churrasco de formatura de 3° ano do Loyola. O campo de futebol, de areia, tinha virado lama, e nós resolvemos jogar futebol. Todo mundo molhado, sujo, naquela confusão, no auge da adolescência, quando as coisas parecem tão complicadas e tão bonitas.

Chuva me lembra as manhãs chegando no campus da UFMG, na FAFICH. Primeiro período na faculdade, uma chuvinha leve e fria, sair do ônibus soltando fumacinha pela boca. Fugir da aula para ir me dependurar nas amoreiras do ICB, comer amora até os dedos ficarem roxos. E nem sujava a roupa!

Chuva me lembra outros tantos tempos felizes. A chuva me lava a alma, me deixa leve, nova em folha, me lembra que estou viva. Talvez por isso, eu nunca tenha gostado de guarda-chuva. Gosto da sensação da chuva na pele, no cabelo, encharcando as roupas, mudando a cara do dia. Quando o céu se fecha, eu abro um sorriso.

Sexta-feira choveu. Muito.

7 comentários:

Anônimo disse...

Deixa eu ver...

Chuva me lembra horas de trânsito, marginal alagada, túnel do anhangabaú inundado, motoristas de mau-humor, metrô parado, ônibus lotados (com janelas fechadas e todo embassado) e nervos à flor da pele.

É... lembranças de adolescência em BH e em SP podem ser um pouco diferentes. :-P

Deborah Leão disse...

Eri, você reparou que todas as minhas memórias boas da chuva são anteriores ao momento em que comecei a dirigir, né?

Chuva e trânsito não combinam. Memória boa de chuva, só andando a pé!!!

Anônimo disse...

"(Antes que perguntem: não, nunca peguei uma gripe nessas aventuras!)" --> só se fosse chuva de vírus - o que aparentemente a maioria da população não entende... sorte sua ter sido criada por uma médica!

Deborah Leão disse...

Hahahahahaahaha... Pois é, Flá, sempre tentei explicar isso pra minha avó, quando ela se desesperava quando eu chegava em casa ensopada.

A grande questão é que mudanças bruscas de temperatura costumam diminuir a resistência, então a gente fica mais suscetível aos benditos vírus.

Mas, se o organismo está forte, não vai ser uma chuvinha que vai gripar ninguém! Rsrsrsrs

Anônimo disse...

Chuva sempre me deu sono. Pra variar, né?

Aqui em SP tá chovendo deeesde a quinta-feira. Um porre.

Eu precisando estudar a maldita Q. Inorgânica II e o barulhinho da chuva, tão convidativo pra dormir.

Definitivamente, não combina!

Legal é quando chove e você tá na praia. Em termos, é claro. Pq agita tudo e, se sua intenção é mergulhar, foi-se, literalmente, por água abaixo todo e qualquer plano.

Mas a chuva, aquele calor, monte de gente... super divertido.

Dirigir com chuva não dá. Mamãe entra em pânico sempre. Chega a dar pena, tadinha. HAIUEHAEIHAIEUHAE

Pode chover à vontade. Com tanto que eu possa dormir na mesma proporção!

Majô disse...

gosto de chuva quando estou voltando, nunca quando estou indo. hehe

muito legal seu blog. vou linkar pra não esquecer o caminho de volta.

bjos, inté!
p.s. adoro sua cidade.

F. Gomes disse...

Pelo calendário da Revolução, nasci em Nivôse, mas como sou compenetrado e meio desatento, só devo ter-me dado conta de que estava no mundo em Pluviôse. Assim, considero-me um sujeito chuvoso desde dentro - lá fora é só água caindo, a chuva mesma eu trago cá comigo. O que eu mais gosto, porém, é quando essas chuvas coincidem, e eu me esvaio e escorro para dentro da terra.