segunda-feira, 23 de junho de 2008

Memória afetiva

Hoje me lembrei de um quadrinho antigo, na sala de um professor de religião no saudoso Colégio Loyola. Era um quadrinho com um texto que eu lia e relia toda vez que entrava naquela sala (o professor em questão, Eduardo Machado, era e ainda é um grande amigo para mim), e que de vez em quando aparece na minha cabeça.

Procurando pela internet, encontrei o site do autor, Geraldo Eustáquio de Souza. Fiquei meio decepcionada, porque é um baita site de auto-ajuda. Então, preferi ignorar esse fato, não li mais nada no site para não mudar a minha memória, copiei o texto e coloquei aqui:

A Jornada
(Geraldo Eustáquio de Souza)

Às vezes bate uma idéia de desistir.
Então a gente pára, põe o sonho de lado
e fica por aí pensando e sofrendo.

Mas não é por muito tempo não.
Qualquer coisa da estrada
passarinho flor montanha nuvem
o menino que nos acenou sorrindo
esperança à toa que seja vira roteiro de viagem.

Precisa ver os olhos brilhando com que partimos
mochila nas costas, cantando o sol e a sede
prazer e cansaço de quem caminha sempre em frente
em direção de algo mais além de nós mesmos
de nossos desejos, medos e frustrações

porque é para lá que estamos indo
- é só para lá que sabemos ir

passos de uma caminhada
que nenhum de nós sabe quando começou
nem quando terminará.

Eu sei, não é um brilhantismo literário, mas é memória afetiva, e me consolou em outros momentos. Agora, quando vem batendo forte a tal da idéia de desistir, e de colocar o sonho de lado, talvez seja bem de algo assim que eu precise: qualquer coisa da estrada que vire roteiro de viagem.

Um comentário:

Alessandra Mosquera disse...

Desistir? Que é isso, menina? Nós, arianos e taurinos, nunca desistimos! rs... Às vezes nos desanimamos com os obstáculos, as dificuldades... mas nao desista! Respira fundo e vai em frente!